Entrevista a Susana Piedade

A minha convidada de hoje para a rubrica entrevistas é Susana Piedade, autora do livro "Três Mulheres no Beiral", cuja opinião podem ler aqui, e a quem agradeço a simpatia e disponibilidade com que respondeu às minhas perguntas.

HT: A Susana tem três livros e um conto publicados. Como é que a escrita surgiu na sua vida?

Susana Piedade: Acho que criei um vínculo com a escrita quando comecei a juntar palavras, frases e a perceber o que poderia fazer com elas. Sempre gostei de escrever e o sonho de publicar um livro concretizou-se com “As Histórias Que não Se Contam”, o meu primeiro romance.  

HT: Foi finalista do Prémio Leya duas vezes. Como é que descreve a sensação de, por um lado, ter sido nomeada no meio de tantos autores e por outro não ter conseguido ganhar o galardão?

Susana Piedade: O Prémio Leya é um concurso literário realizado às cegas e com um nível muito elevado de rigor e exigência. Teria sido fantástico ganhar, como é óbvio, mas chegar à final, entre centenas de concorrentes, é, sem dúvida, uma grande honra e o reconhecimento do meu trabalho.

HT: No seu livro "Três Mulheres no Beiral" aborda a questão da especulação imobiliária na cidade do Porto. Preocupa-a esta mudança na sua cidade?

Susana Piedade: Sim, preocupo-me com esta mudança no Porto, porque é a minha cidade e o caso que conheço mais de perto. Muito de bom se fez pela Invicta, que é hoje um destino turístico desenvolvido e bastante apetecível. Porém, é lamentável a forma desenfreada e desregulamentada que a especulação imobiliária assumiu; algumas transformações descaracterizaram os lugares, a desumanidade de certos investidores foi levada ao extremo, e as casas atingiram valores incomportáveis para as nossas possibilidades. 

HT: Gosta de ler? Em caso afirmativo, quais as suas referências literárias?

Susana Piedade: Gosto muito de ler, desde pequena. As minhas leituras são diversificadas, foram mudando ao longo dos anos e vou lendo o que se proporciona em cada altura, mas aprecio sobretudo ficção. Ler é sempre um prazer e um ganho. Gostava de ver mais pessoas com um livro na mão, em vez do telemóvel.

HT: Para terminar, já pensa noutro livro ou ainda está a "aproveitar" este?

Susana Piedade: Este livro ainda está muito presente e, tal como “O Lugar das Coisas Perdidas” e “As Histórias Que não Se Contam”, tem sempre o seu lugar. Agora quero passar a outra história, sim, faz-me falta.

Susana Piedade

18/01/2023


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