Este é já o segundo prémio com que Paulo José Miranda, licenciado em Filosofia, é contemplado. O seu primeiro livro, "A Voz que nos Trai" (1997) ganhou o 1º Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes. No ano seguinte o escritor faria a sua incursão pelo romance, com "Um Prego no Coração", em torno de Cesário Verde, primeiro título de um tríptico continuado com "Natureza Morta", sobre a obra e a figura do compositor português do séc. XIX Domingos Bomtempo, e que terminará com a obra que actualmente se encontra a escrever, um diário dos últimos três meses do poeta Antero de Quental. Quando lhe foi entregue o Prémio pela mão de José Saramago, que considerou "Natureza Morta" «um livro muito bem escrito, que revela um mundo ficcional muito próprio», Paulo José Miranda disse em entrevista ao "Público" que, mais do que uma trilogia romanesca de recorte histórico, este tríptico é um projecto que tenta olhar a relação dos seus autores com as suas próprias obras e as interrogações que elas nos levantam a nós próprios.» E acrescentou: « Aliás, não conheço nenhuma obra que não se interrogue sobre os problemas do seu próprio autor.»
Paulo José Miranda publicou ainda um outro livro de poemas "A Arma do Rosto" e uma peça de teatro, "O Corpo de Helena".
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